Degelo, desertificação, inundações, alterações climáticas e desastres naturais são exemplos de graves consequências verificáveis num planeta que, até há pouco tempo, não se preocupava tanto com as questões de sustentabilidade.

Atualmente, os países têm dedicado valoráveis esforços na promoção de uma vida sustentável e na adoção de práticas protetoras do meio ambiente, como demonstra o alerta dado pela ONU no seu Relatório sobre Alterações Climáticas, no qual incentiva os países a contribuir para uma redução de emissões globais de dióxido de carbono para metade até 2030 e limitar o aumento da temperatura média global a 1.5ºC.

Outro exemplo é a implementação de medidas de descarbonização, promovidas pelos grandes líderes mundiais com vista a reduzir as emissões de carbono na atmosfera e, consequentemente, minimizar os efeitos do aquecimento global. Tal é conseguido através da substituição dos combustíveis fósseis (i.e., petróleo, gás e carvão) como principal fonte de energia, optando-se antes por fontes de energias renováveis, como a energia solar e eólica.

Para que seja possível descarbonizar o planeta e reduzir a dependência do uso de combustíveis fósseis, é necessário que os países implementem uma política de transição energética, que passa por um conjunto de medidas que, a longo prazo, pretende transformar o setor energético num sistema de energia sustentável, que utiliza apenas fontes de energia renováveis.

Nesse sentido, Portugal tem sido um dos países pioneiros na adoção de políticas de transição energética, através da forte aposta nas fontes de energia renovável. A título de exemplo, e conforme os dados fornecidos pela REN - Redes Energéticas Nacionais, no primeiro trimestre de 2023 verificou-se que 72% do consumo de eletricidade em Portugal deveu-se à utilização de energias renováveis (eólica, biomassa e fotovoltaica), a contrastar com 19% de não renováveis (gás natural) e 9% de saldo importador.

A contribuir para essas estatísticas estão os apoios concedidos pelo governo português a quem pretender adquirir painéis solares com vista a reduzir a pegada ambiental, produzir energia para autoconsumo e reduzir, assim, a fatura da eletricidade. Para esse efeito, foi aprovada nova legislação sobre energia fotovoltaica, como o Decreto-Lei n.º 15/2022, de 14 de janeiro, e amplamente promovido o recurso a painéis solares subsidiados pelo governo, através da concessão de diversos incentivos fiscais.

Agora que compreendemos melhor a importância da transição energética, passaremos a elencar algumas das mais recentes medidas adotadas por Portugal nesse sentido.


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1. Acordo entre Portugal, Espanha e França para a criação de um «Corredor de Energia Verde»

Em outubro de 2022, os líderes de Portugal, Espanha e França chegaram a um acordo para a criação de um Corredor de Energia Verde, que produz energia proveniente de fontes renováveis e permite abastecer outros países europeus, diminuindo a dependência de combustíveis fósseis e acelerar a transição energética.

Deste modo, pretende-se construir ligações entre os três países – mais concretamente, entre Celorico da Beira e Zamora e Barcelona e Marselha - através das quais será transportado hidrogénio verde, isto é, hidrogénio que é produzido através de fontes de energia renovável, como a eólica e a solar, estimando-se que se encontrará operacional a partir de 2030.


2. Reforço de Energia Eólica e Incentivo à Instalação de Painéis Solares para Autoconsumo

Um dos mais proeminentes desafios da atualidade consiste no desenvolvimento de um processo de descarbonização da produção de eletricidade, o qual visa substituir fontes de energia não renováveis e, assim, deveras poluentes, como é o caso dos combustíveis fósseis, por fontes de energia renováveis como a energia solar e eólica.

Se a utilização de fontes de energia renováveis, em Portugal, foi bastante precoce em comparação com outros países europeus, com a aposta nacional na energia hídrica e, posteriormente, na energia eólica, atualmente o país destaca-se também no desenvolvimento da energia solar, ao tirar partido dos seus recursos naturais.

E, tendo-se verificado um aumento de consumo de eletricidade proveniente de energias renováveis numa escala de 72%, no primeiro trimestre de 2023, o Governo lança agora um novo desafio no seu Novo Plano Nacional de Energia e Clima para 2030, pretende até ao final da presente década, 85% da energia consumida em território nacional seja proveniente de energias renováveis.

Tal é conseguido, não só, através do reforço da capacidade das eólicas existentes, mas também pela implementação de novas medidas de incentivo à instalação de painéis fotovoltaicos (como o subsídio do governo para energia solar), que permite que os cidadãos produzam a sua própria eletricidade para autoconsumo. Se até agora tais incentivos se destinavam essencialmente às habitações, espera-se o seu alargamento a edifícios comerciais, conforme tem sido defendido pela União Europeia, cuja estratégia poderá vir a provocar uma mudança na lei da energia solar ou, quiçá, o surgimento de uma nova lei de energia solar.

Infelizmente, ainda existe alguma hesitação na instalação de painéis solares, pese embora os incentivos fornecidos e os objetivos estabelecidos na nova lei sobre energia solar. Tal deve-se à dificuldade demonstrada pelas famílias portuguesas na sua aquisição, por serem dispendiosos, dificuldade essa que a Otovo pretende dirimir num esforço de contribuir para a sustentabilidade do planeta.


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3. Construção do maior parque de energia solar alguma vez existente na Europa

No seu objetivo de transição energética, Portugal anunciou que levará a cabo o maior projeto fotovoltaico existente em solo europeu, o qual será construído em São Domingos, no concelho de Santiago do Cacém, terá 1245 hectares, cerca de 2 milhões de painéis fotovoltaicos e 1200 megawatts de potência.

Este projeto, denominado «Fernando Pessoa», vai ser construído pela Iberdrola e pela Prosolia Energy, tendo já licença ambiental para o efeito, e prevê-se inaugurado em 2025. O projeto promete gerar energia limpa para cerca de 430 mil residências, na sequência dos objetivos traçados e sempre respeitando a lei sobre energia solar.


Conclusão

Cada vez mais o mundo se preocupa com a necessidade de promover uma transição energética, que substitua os combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis na produção de energia.

Concretamente, em Portugal, a energia solar, hídrica e eólica vêm sendo amplamente desenvolvidas, por exemplo, com o reforço das eólicas ou os incentivos à adoção de painéis fotovoltaicos para autoconsumo, em consonância com a nova lei da energia solar.

São ainda divulgadas diversas iniciativas com o intuito de discutir e pôr em prática temas ambientais, como a Lisbon Energy Summit & Exhibition 2023, que ocorreu na FIL entre 30 de maio e 1 de junho, e o programa Smart Open Lisboa Transição Energética, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa.

Assim, embora a transição energética se apresente como um objetivo altamente desafiante, espera-se que o compromisso contínuo do governo e da sociedade em geral com a expansão da energia solar contribua para um futuro mais sustentável e próspero, que reduza as emissões de carbono e opte por soluções mais eficientes e menos poluentes. Existe ainda um enorme potencial por explorar no setor da energia solar fotovoltaica residencial e também das Comunidades de Energia Renovável.


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