O conceito "Passivhaus" já é uma realidade e, todos os dias, cada vez mais casas, na Europa, recebem a certificação de casa passiva. Neste artigo, vamos falar-lhe de todas as condições para que uma casa possa ser considerada autossuficiente.

No âmbito da luta contra as alterações climáticas, as casas passivas ou autossuficientes assumem cada vez maior protagonismo nas nossas vidas. Ter uma casa 100% independente é cada vez mais fácil, uma vez que existem empresas de construção que se dedicam em exclusivo à construção de casas autossuficientes. Antes de aprofundar esta questão, vamos ver o que significa "casa passiva".


O que é uma casa passiva?

Uma casa passiva é uma casa com uma necessidade energética muito baixa, capaz de se abastecer através da utilização de métodos próprios de produção de energia, aquecimento ou aquecimento de água. Para que a necessidade energética seja baixa, não basta controlar os hábitos de consumo energético, mas a casa também deve estar bem orientada e isolada para poder aproveitar ao máximo os recursos. Este tipo de casa tem um design bioclimático, que assegura o conforto com um mínimo de consumo energético.

Além disso, são casas ecológicas, ou seja, que não emitem CO2, e são totalmente sustentáveis.

De seguida, iremos explicar ao detalhe todas as características de uma casa autossuficiente.


As casas autossuficientes e a energia elétrica

Para que uma casa seja passiva, deve ter um componente predominante de autoabastecimento e gerar a maior parte da sua energia de forma autónoma para o autoconsumo. Para isso, é necessário que a casa disponha de um sistema fotovoltaico. Este pode ser isolado ou ligado à rede. No caso dos sistemas isolados, é necessário ter uma fonte de energia de apoio, para não correr o risco de ficar sem fornecimento elétrico. É possível optar por um gerador elétrico ou por um sistema mini eólico. No entanto, o sistema de mini eólico pode falhar se as condições climáticas não forem as adequadas.

Neste contexto, a orientação da casa, ou melhor, do seu telhado, é fundamental. Os painéis solares devem ser posicionados para que produzam o máximo de energia possível. Em Portugal, a orientação ideal é para sul e a inclinação pode variar entre os 20 e os 35 graus, dependendo da zona do país. A orientação dos painéis para sul garante mais horas de sol direto.


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A climatização das casas passivas

Outro ponto importante é a climatização das casas passivas. Por climatização entendemos a criação de condições de temperatura favoráveis e a limpeza do ar.

O aquecimento

Existem 2 opções principais para o aquecimento de uma casa autossuficiente:

  • aquecimento passivo
  • aquecimento ativo.

O aquecimento passivo refere-se ao aproveitamento das fontes de calor naturais. Estas fontes podem ser o sol, que as próprias pessoas podem gerar através do aproveitamento do calor de outros aparelhos, como é o caso de alguns eletrodomésticos. Para isso, é necessário ter um bom isolamento térmico da casa. Mais à frente, iremos detalhar como deve ser isolada uma casa para que obtenha a certificação “Passivhaus”.

Por outro lado, o aquecimento ativo das casas passivas é baseado em métodos tradicionais de aquecimento, como é o caso dos sistemas aerotérmicos ou dos pisos radiantes alimentados por painéis solares.


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A ventilação mecânica e a temperatura

Outra parte essencial para a climatização de uma casa autossuficiente é a ventilação. Este tipo de casa utiliza a ventilação mecânica, que permite ter ar limpo constantemente em casa. Além disso, esta ventilação dispõe de recuperação de calor. Este recuperador permite que o ar do interior, que pode ter 22 graus de temperatura, ceda calorias ao ar exterior que tem uma temperatura mais baixa de, digamos, 0 graus. Ao ceder as calorias, o ar exterior aquece para uma temperatura ligeiramente inferior aos 22 graus iniciais.

Pelo contrário, no verão, o ar interior arrefecerá o ar novo do exterior.

O isolamento térmico e acústico

Para que uma casa seja certificada pela Passivhaus, o isolamento térmico é fundamental. Este permite reter calor ou frio na casa, o que requer muito menos energia para climatizar a casa.

Existem várias formas de isolar termicamente uma casa:

  • Com materiais celulares. Estas células formam painéis rígidos. Os materiais mais comuns são o poliuretano e o poliestireno expandido.
  • Com materiais fibrosos. Estes materiais têm uma porosidade muito alta e são usados normalmente como enchimento em aberturas ou para revestimento na forma de tábuas ou mantas.
  • Com materiais granulares. São partículas de materiais inorgânicos aglomerados, como a perlite e a vermiculite.

A escolha do material adequado deve ser assegurada por profissionais de construção, já que, dependendo da casa e da sua localização, pode ser apropriado utilizar um determinado material.

Por outro lado, a casa também pode ser isolada acusticamente. Este isolamento permite que o som não consiga penetrar através das paredes da casa em nenhum dos sentidos: do exterior para o interior ou no sentido inverso.

As janelas e as portas ideais para casas autossuficientes

As janelas também são muito importantes para uma casa autossuficiente, já que são a chave para um bom isolamento térmico. Normalmente, são usadas janelas de 3 camadas com caixilharia em PVC. A orientação das mesmas também é determinante já que as janelas podem gerar ganhos solares - as orientadas para norte não apresentam os mesmos benefícios das orientadas para sul, sudoeste ou sudeste. É por isso fundamental, ao escolher as vantagens e a localização das janelas, considerar todos os elementos que possam ter influência: a orientação, a vegetação circundante ou a exposição ao vento.

A localização e a qualidade das portas também são fundamentais, já que podem ser pontos de ventilação acidental.



A certificação Passivhaus

Em Portugal, esta certificação pode ser obtida tanto para edifícios novos como para edifícios reabilitados. O organismo que outorga esta certificação é a Associação Passivhaus Portugal.

Para obter a certificação Passivhaus, é essencial cumprir 5 requisitos indispensáveis:

  • Bom isolamento térmico
  • Janelas e portas de qualidade superior
  • Ausência de pontes térmicas, tais como cantos, veios ou juntas através dos quais se pode perder calor
  • Estanquidade ao ar
  • Ventilação mecânica com recuperação de calor.

Na Otovo, consideramos que este tipo de iniciativas é fundamental para um desenvolvimento sustentável, que respeite o meio ambiente. Poderá dar um passo nesta direção passando para o autoconsumo fotovoltaico. Os nossos especialistas podem aconselhá-lo para que tome a melhor decisão.


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